Por Marcia Barbieri
Só por hoje
Rasgarei meu peito
E arrancarei flores de vidro,
pássaros de origami e velhas mágoas
Picaretas dançam entre minhas vértebras
E eu toco calma a flauta de MAIAKÓVSKI
Nunca acreditei que gangrenas devorariam meu corpo
Pedaços de sorrisos caem desconexos da minha boca
E eu que imaginei morrer um dia de cada vez – Morte Súbita.
Caminho sobre os muros e observo pipas
Losangos e ilusões em perfeita sintonia
O sol explode amarelo em minha mente
E eu penso: deixa-me tocar os lírios – Só por hoje...
5 comentários:
Gostei muito deste poema, deixo-te viver com os lírios da poesia! Um abraço, Yayá.
Muito bonito. Muito inspirador. Parabéns!
Fantástico! Amei :D
A velha luta contra o cotidiano, as imagens em seu poema tornam sensíveis o sentimento poético que habita em ti, pois estas também estão em seus contos.
Só por hoje, é saudável, mas angustiante viver dentro desta equação.
Muito bela a escolha das palavras.
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