Euforia
Os olhos encheram de água, antes mesmo do cérebro computar completamente o que recebia. O coração disparou na garganta, formando um nó – surpreendentemente adocicado – enquanto o corpo todo aquecia. As pernas moles, a mão inquieta, e pouco a pouco, meus ouvidos eram preenchidos por aquela voz arranhada e profunda, a língua não domada, mas não importa, a harmonização é universal. Eu senti a lágrima antes mesmo do início da terceira frase. E as cores, miríades: pele, cabelo, olhos e lábios, em uma combinação mortal de roupas pretas. Mas em verdade era o sorriso a causa da minha ruína.
O
líder
Ela se mexeu! Atentem-se, ela se mexeu. Saiu daquela cadeira dura e finalmente está andando pela casa. Silêncio e observem! Se ela for para a caixa de água, estejam preparados: ela não pode ficar sozinha! Ela é um pouco inábil quando se trata de fazer suas necessidades. Não, é nossa chance, a comida. Gritem! GRITEM! Sim, conseguimos, ela está nos servindo, comida nova. Onde já se viu? Ela não come comida do dia anterior, mas nos deixa até estarmos famintos com meio prato. Atentos? Agora sim, podemos simplesmente deitar, cheios bem na sua frente. RONRONEM! Ela nunca resiste.
8 comentários:
Ronronemmm... E assim foi. Adorei.
Que jeito lindo de construir cenas. Sua prosa é poesia!
Euforia é muito bom. gostei.
Primeiro que é sempre pela boca que a gente morre mesmo...
Segundo que parece que dá pra vê-los tendo essa conversa e se sentindo muito ofendidos! Amei!
Obrigada pelo retorno!
Eles são muito manipuladores não?
Beijos ronronentos.
Obrigada pelo retorno, elogio e suporte!!
Beijos ronronentos.
Obrigada pelo retorno!
Espero que as próximas narrativas você goste também ;)
Beijos
Obrigada pelo retorno!
Pequenos manipuladores é o que são, ainda mais os daqui de casa.
Beijos ronronentos
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